tag:blogger.com,1999:blog-81158220997126525782024-03-13T19:02:16.688-03:00ContraversandoAndré Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.comBlogger117125tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-42332560437754510732015-05-16T08:31:00.000-03:002015-05-16T08:32:17.627-03:00Estudante britânico comenta o complexo de vira-latas dos brasileiros*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-chs1EEQKkow/VVcp2ekTY1I/AAAAAAAAF_o/TXntyOQW0tw/s1600/complexo-vira-latas-e1431632935648.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="http://1.bp.blogspot.com/-chs1EEQKkow/VVcp2ekTY1I/AAAAAAAAF_o/TXntyOQW0tw/s320/complexo-vira-latas-e1431632935648.jpg" width="320" /></a></div>
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Pouco depois de chegar a São Paulo, fui a uma loja na Vila Madalena comprar um violão. O atendente, notando meu sotaque, perguntou de onde eu era. Quando respondi “de Londres”, veio um grande sorriso de aprovação. Devolvi a pergunta e ele respondeu: ‘sou deste país sofrido aqui’.</div>
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Fiquei surpreso. Eu – como vários gringos que conheço que ficaram um tempo no Brasil – adoro o país pela cultura e pelo povo, apesar dos problemas. E que país não tem problemas? O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo. Frustração e ódio da própria cultura foram coisas que senti bastante e me surpreenderam durante meus 6 meses no Brasil. Sei que há problemas, mas será que não há também exagero (no sentido apartidário da discussão)?<a name='more'></a><br /></div>
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Tem uma expressão brasileira, frequentemente mencionada, que parece resumir essa questão: complexo de vira-lata. A frase tem origem na derrota desastrosa do Brasil nas mãos da seleção uruguaia no Maracanã, na final da Copa de 1950. Foi usada por Nelson Rodrigues para descrever “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.</div>
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E, por todo lado, percebi o que gradualmente comecei a enxergar como o aspecto mais ‘sofrido’ deste país: a combinação do abandono de tudo brasileiro, e veneração, principalmente, de tudo americano. É um processo que parece estrangular a identidade brasileira.</div>
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Sei que é complicado generalizar e que minha estada no Brasil não me torna um especialista, mas isso pode ser visto nos shoppings, clones dos ‘malls’ dos Estados Unidos, com aquele microclima de consumismo frígido e lojas com nomes em inglês e onde mesmo liquidação vira ‘sale’. Pode ser sentido na comida. Neste “país tropical” tão fértil e com tantos produtos maravilhosos, é mais fácil achar hot dog e hambúrguer do que tapioca nas ruas. Pode ser ouvido na música americana que toca nos carros, lojas e bares no berço do Samba e da Bossa Nova.</div>
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Pode ser visto também no estilo das pessoas na rua. Para mim, uma das coisas mais lindas do Brasil é a mistura das raças. Mas, em Sampa, vi brasileiras com cabelo loiro descolorido por toda a parte. Para mim (aliás, tenho orgulho de ser mulato e afro-britânico), dá pena ver o esforço das brasileiras em criar uma aparência caucasiana.</div>
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Acabei concluindo que, na metrópole financeira que é São Paulo, onde o status depende do tamanho da carteira e da versão de iPhone que se exibe, a importância do dinheiro é simplesmente mais uma, embora a mais perniciosa, importação americana. As duas irmãs chamadas Exclusividade e Desigualdade caminham de mãos dadas pelas ruas paulistanas. E o Brasil tem tantas outras formas de riqueza que parece não exaltar…</div>
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Um dos meus alunos de inglês, que trabalha em uma grande empresa brasileira, não parava de falar sobre a América do Norte. Idealizou os Estados Unidos e Canadá de tal forma que os olhos dele brilhavam cada vez que mencionava algo desses países. Sempre que eu falava de algo que curti no Brasil, ele retrucava depreciando o país e dando algum exemplo (subjetivo) de como a América do Norte era muito melhor.</div>
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O Brasil está passando por um período difícil e, para muitos brasileiros com quem falei sobre os problemas, a solução ideal seria ir embora, abandonar este país para viver um idealizado sonho americano. Acho esta solução deprimente. Não tenho remédio para os problemas do Brasil, obviamente, mas não consigo me desfazer da impressão de que, talvez, se os brasileiros tivessem um pouco mais orgulho da própria identidade, este país ficaria ainda mais incrível. Se há insatisfação, não faz mais sentido tentar melhorar o sistema?</div>
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Destaco aqui o que vejo como um uma segunda colonização do Brasil, a colonização cultural pelos Estados Unidos, ao lado do complexo de vira-latas porque, na minha opinião, além de andarem juntos, ao mesmo tempo em que existe um exagero na idealização dos americanos, existe um exagero na rejeição ao Brasil pelos próprios brasileiros. É preciso lutar contra o complexo de vira-latas. Uma divertida, porém inspiradora, lição veio de um vendedor em Ipanema. Quando pedi para ele botar um pouco mais de ‘pinga’ na caipirinha, ele respondeu: “Claro, (mermão) meu irmão. A miséria tá aqui não!” Viva a alma brasileira!</div>
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<span style="font-size: x-small;"></span> </div>
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<span style="font-size: x-small;">*por Adam Smith, estudante de Oxford e blogueiro da BBC. Publicado originalmente em </span><a href="http://www.pragmatismopolitico.com.brpor/"><span style="font-size: x-small;">www.pragmatismopolitico.com.br</span></a></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-33983305378898187262015-05-05T16:48:00.000-03:002015-05-05T16:54:46.784-03:00Contraste entre bairros de Baltimore retrata décadas de desigualdade nos EUA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_Eks2Rlw2EE/VUkcM_h_7vI/AAAAAAAAF_A/CwLmT8QyLGs/s1600/pobrezaeua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_Eks2Rlw2EE/VUkcM_h_7vI/AAAAAAAAF_A/CwLmT8QyLGs/s1600/pobrezaeua.jpg" height="182" width="320" /></a></div>
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<em><span style="font-size: x-small;">Reprodução do bom artigo de <strong>Marc Bassets</strong> publicado originalmente no <strong>El País</strong> e traduzido por <strong>Luiz Roberto Mendes Gonçalves</strong> para o portal <strong>Uol</strong></span></em><br />
<strong><em></em></strong><br />
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Os helicópteros sobrevoavam a cidade. A Guarda Nacional tinha mobilizado seus soldados depois dos distúrbios de 27 de abril. Centenas de jornalistas registravam nas ruas as patologias dos EUA: violência, marginalização, racismo.<br />
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A dois quilômetros, nos bairros brancos de Baltimore, tudo aquilo parecia distante.<br />
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"Estão a um universo de distância", explicava Paul Taylor, morador de Bolton Hill, um bairro de ruas arborizadas, mansões e cafés badalados. "Tão longe quanto a lua", insistiu.<br />
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O passeio por esta Baltimore em estado de exceção - até o último domingo, quando a Guarda Nacional começou a se retirar, imperou o toque de recolher a partir das 22h - começa em Bolton Hill. Taylor, 53 anos, conversa na entrada de uma casa com Reuben Lee, seu vizinho. Ambos são brancos. Lee tem 80 anos e viveu todas as mudanças de Baltimore no último meio século: de uma cidade de guetos étnicos - os irlandeses, os italianos, os judeus, os poloneses, os negros - para uma de maioria negra, depois que os brancos fugiram para as periferias nos anos 1960 e 70.<br />
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Hoje existem duas Baltimores que se dão as costas.<a name='more'></a><br />
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"Não é algo que costumamos ver ou sentir, nem que nos preocupe", responde Taylor à pergunta sobre se os brancos entram nos bairros de West Baltimore, onde em 12 de abril Freddie Gray, um negro de 25 anos, foi detido. Ele morreu uma semana depois. A promotora de Baltimore, Marilyn Mosby, acusou seis policiais de homicídio.<br />
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A disparidade entre a Baltimore negra e a branca é, como diz o morador de Bolton Hill, cósmica. Na galáxia branca está a Universidade Johns Hopkins, centro de ensino e de pesquisa de ponta. "Só 10 quilômetros separam os bairros de Roland Park e Hollins Market", disse há alguns anos Jonathan Bagger, vice-reitor da Johns Hopkins, falando sobre a distância entre um bairro rico e outro pobre. "Mas a diferença entre a expectativa de vida média é de 20 anos." Em Sandtown-Winchester, o bairro de Freddie Gray, a expectativa de vida é de 69,7 anos, o mesmo nível do Iraque.<br />
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Desde janeiro passado foram cometidos 74 homicídios ao todo em Baltimore, uma cidade de 620 mil habitantes. Em 2014 inteiro houve 17 homicídios em Madri, com mais de 3 milhões de habitantes. Nos EUA, os negros representam 13% da população e 30% das vítimas dos disparos da polícia.<br />
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Com nuances, as estatísticas citadas não são exclusivas de Baltimore: basta deslocar-se alguns quilômetros da Casa Branca para descobrir nos bairros de Washington problemas semelhantes.<br />
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Mas Baltimore, onde os principais cargos políticos, judiciais e policiais são ocupados por negros, obriga a adotar nuances na hora de buscar explicações unicamente racistas.<br />
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Alguns bairros, com casas e mansões abandonadas, parecem uma paisagem açoitada por uma catástrofe natural. Tudo isso não começou agora, mas há muito tempo, com a desindustrialização, a epidemia de crack, a criminalidade local e a repressão policial e, na década passada, os abusos das hipotecas-lixo, que atingiram as minorias.<br />
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Todos os negros entrevistados em Baltimore conhecem alguém que sofreu o vendaval. Em uma livraria nos arredores, Natashia Heggins lembra sua mãe, professora escolar, acompanhando as alunas ao médico: estavam grávidas.<br />
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"Era previsível, era previsível", repete, ao falar dos distúrbios, Keyon Johnson, morador de Oliver, um bairro negro e deprimido. Johnson, 32 anos, explica que muitos de seus amigos de infância morreram. Ele foi salvo pelo basquete. Agora promove atividades esportivas para os rapazes do bairro.<br />
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Em um escritório no centro, o advogado negro Derrick Hamlin - terno listrado, lenço e gravata borboleta: um dândi de periferia - evoca sua juventude. "Quando você via a polícia, saía correndo", disse. Ele foi preso duas vezes ainda menor e outra já maior.<br />
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"Meu pai passou na prisão parte dos meus primeiros anos. No mínimo, esteve preso 15 vezes em um período de 20 anos, por roubar um banco, por assaltos ou por drogas", diz. Foi sua mãe quem o criou, quem o salvou. Chegou à universidade: em seu escritório há diplomas de química e de direito. A ausência dos pais é um traço comum na América negra.<br />
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Hamlin assumiu a defesa de alguns jovens detidos nos distúrbios. "Não aprovo o vandalismo nem a destruição, mas entendo a raiva", escreveu.<br />
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O passeio por Baltimore termina em um restaurante tailandês em um bairro aburguesado. Os clientes são brancos. Os televisores estão sintonizados na CNN, que informa do lugar dos protestos. Parece um país distante, mas está a menos de dez minutos de carro. Antes das 21h, com os pratos por terminar, a garçonete traz a conta. "Por causa do toque de recolher", justifica.<br />
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Baltimore não é o Iraque, nem a lua: está a 70 quilômetros da Casa Branca.<br />
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<strong>"Um exército de ocupação"</strong><br />
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Orlando Patterson, sociólogo de Harvard nascido na Jamaica, afirma que em muitos bairros negros a polícia é vista como uma força estrangeira. Os agentes, disse em uma entrevista, "não vivem na área, veem a comunidade como um inimigo e não acreditam que seu papel seja protegê-la, mas reprimir e prender, comportar-se como um exército de ocupação".<br />
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Um motivo, segundo Patterson, é a desconexão com os bairros pobres e o treinamento deficiente. Outro, o racismo arraigado em setores minoritários. Três agentes acusados pela morte de Freddie Gray em Baltimore são negros. Nesta cidade, a metade da polícia é negra. "Às vezes [os policiais] são igualmente agressivos, para não destoar dos outros", diz.</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-8697633986765761032015-01-03T19:09:00.004-02:002015-01-03T21:09:19.026-02:00Sábados no vô Jorge<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-rwMKoPvXhoY/VKhXgZlDf4I/AAAAAAAAF7M/A0c3b6iSm2U/s1600/CYMERA_20150103_183657.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-rwMKoPvXhoY/VKhXgZlDf4I/AAAAAAAAF7M/A0c3b6iSm2U/s1600/CYMERA_20150103_183657.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
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No sol do meio-dia Adele faz companhia ao vento que sopra na Orla. No rio um pequenino barco de vela azul explora as águas revoltas de cor marrom. Senhoras tomam sol como se estivessem em frente ao mar.</div>
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A música já é outra. Amy solta sua voz com os versos melancólicos de quem pede ajuda. Uma menina chama a atenção de seus pais enquanto outra corre atrás de pássaros que nunca irá alcançar. Vendedores se preparam para mais uma tarde e ignoram o catamarã que ligeiramente passa. </div>
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Qual o sentido da vida? Vida que ultrapassa o limite da palavra, mas não o cansaço do corpo e da alma. </div>
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As flores azuis do verão representam uma beleza única e fazem coro ao azul da camisa de um velho catador na beira do rio. A ponte que mira no céu nuvens de algodão, encobre dois pescadores que nada pescarão. Bicicletas passam lentas em sentido contrário a automóveis em alta velocidade. </div>
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<br /></div>
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Meninas já não estão aqui, mas o vento me faz recordar de uma infância nem tão vazia. Dos sábados com o vô Jorge e sua força capaz de enfrentar qualquer dificuldade. Menos a morte. Uma vez me trouxe feliz um avião azul sem asas recolhido do lixo. Eu, ainda puro, ainda longe do consumismo epidêmico das crianças de hoje, pulei de alegria. Lembro das longas noites deitado ao seu lado cometendo a pequena travessura de assistir televisão durante toda a madrugada. O vô Jorge, na sua simplicidade, permitia essas inocentes serelepices de seus netos. Uma pessoa sem igual.</div>
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Uma lancha passa sobre as águas revoltas. Um senhor de chapéu tão solitário quanto eu senta no banco ao lado. Um casal se abraça carinhosamente como se fosse o primeiro dia de namoro observando a garça que surge na beira do rio. As senhoras banhando-se ao sol já não estão mais sozinhas. Pescadores lá também não.</div>
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A lembrança do vô aos sábados é forte. Pela manhã indo ao mercado público em busca de produtos frescos e baratos. Quantas vezes o acompanhei até o ônibus. Quantas vezes caminhamos de mãos dadas pela Glória.</div>
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Depois, já no final da manhã, lá estava eu a ajudar Tia Helena a separar pedrinhas e outras impurezas contidas no feijão comprado a granel. Uma diversão para qualquer criança. Após o almoço, brincar sozinho no porão da casa enquanto todos descansavam. Ou discretamente me apossar da coleção de moedas antigas de minha vó impressionado com suas datas de emissão, algumas ainda do tempo imperial.</div>
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Nos dias cinzentos, observar a chuva na janela e construir desenhos imaginários que se transformariam em obras de arte traçadas com tijolos na calçada seca, era algo lúdico num tempo onde o computador não existia. Fazia isso bem perto do muro de pedra que marcaria a minha vida e a minha testa para sempre.</div>
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<br /></div>
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A tarde caía e a noite chegava tão lenta quanto o sono de um menino. Todos reunidos em volta da mesa. A tia Benta, mesmo sem enxergar, acompanhava com atenção uma novela precedida pelo documento de censura dos tempos militares estampada na tela destacando a classificação do programa e a assinatura da censora. Quando o cansaço chegava ou algum adulto impunha, era hora de dormir. No quarto do vô ou das tias. Mais um sábado acabava.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Outro barco cruza o rio. Desta vez a vela é branca e o aspecto mais moderno. Passa lentamente superando cada onda gerada pelo vento. Amy já não está aqui. Nem o vô Jorge. A vida segue como águas revoltas. As lembranças constroem o que somos.</div>
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André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-480493632988497702015-01-03T18:50:00.002-02:002015-01-03T18:50:49.883-02:00Do que é feita a vida?A vida não é feita só da política. Também é feita de sonhos, lembranças, alegrias, tristezas. A vida é feita do cotidiano. Daquilo que pensamos, construímos ou simplesmente vivemos. A vida é feita da vida.<br />
<a name='more'></a> E às vezes esquecemos disto. Geralmente nossos blogs esquecem disso e ficamos focados num só tema. Deixando os demais como se não fizessem parte da nossa vida. Algo comum, mas errado e limitador. A política faz parte da vida e a vida faz parte da política. Sem associar esses elementos, acabamos apenas produzindo textos comuns sem nenhuma relevância. Acabamos escondendo inconscientemente que também vivemos e um pouco daquilo que somos. Por isso, tomo a liberdade de mudar um pouco a linha editorial desse blog que administro. Conhecer o que penso sobre a política é importante, mas conhecer um pouco sobre o que sou é fundamental. Uma forma de saber como chego às opiniões e conclusões que posto nesse espaço infinito. Uma nova fase se inaugura com a chegada de um novo ano no Contraversando.André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-28265428093416571962014-12-06T16:35:00.000-02:002014-12-06T16:43:27.929-02:00A marcha de Porto Alegre e a necessidade de avançar à esquerda<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-A3Y20AmDmyQ/VIJi2ScVbaI/AAAAAAAAF4Q/UFNoR3T50dI/s1600/20141204_190229.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-A3Y20AmDmyQ/VIJi2ScVbaI/AAAAAAAAF4Q/UFNoR3T50dI/s1600/20141204_190229.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="center" style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: small;">Movimentos Sociais saíram às ruas de Porto Alegre</span></strong></div>
<div align="center" style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: small;">para defender a democracia e a reforma política</span></strong></div>
</td></tr>
</tbody></table>
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Não foi uma marcha de milhares. Nem poderia. Afinal não é nada comum realizar manifestações em pleno dezembro pós-eleitoral e quente numa capital onde o conservadorismo visivelmente cresceu. Mas elas estavam lá. Bandeiras de centrais sindicais, sindicatos, MST, trabalhadores desempregados, movimentos de juventude e partidos de esquerda. Jovens, lésbicas, negros, mulheres, pobres e todos aqueles que não prestam segundo representantes da elite rural gaúcha, entoavam palavras de ordem e conhecidas marchinhas de carnaval adaptadas para o atual momento político brasileiro.</div>
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A primeira sexta-feira de dezembro em Porto Alegre foi marcada pelo simbolo da unidade dos movimentos sociais por uma agenda de esquerda como não se via há algum tempo no RS. A defesa da democracia contra a ofensiva conservadora de estimular ações golpistas no país, da reforma política como forma de fazer a democracia avançar com o fortalecimento dos partidos e das instituições, da democratização da mídia para combater o monopólio da informação exercido por quatro grandes conglomerados de comunicação.</div>
<a name='more'></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-8QF_LL-yR00/VIM1PPY8CeI/AAAAAAAAF40/UgMm3o1b7kE/s1600/20141204_182644.jpg" imageanchor="1"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-8QF_LL-yR00/VIM1PPY8CeI/AAAAAAAAF40/UgMm3o1b7kE/s1600/20141204_182644.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
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Ao contrário das manifestações de 2013 cujas pautas eram difusas, englobando desde lutas justas como a própria reforma política e o enfrentamento à violência contra a mulher e da homofobia até pautas absolutamente despolitizadas como a defesa de um outro futebol possível, a marcha de Porto Alegre teve objetivos claros: defender a implementação de uma agenda mais à esquerda no Brasil para os próximos anos.</div>
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Se a necessidade de reverter um processo histórico de dependência total do imperialismo e do capital especulativo, de exclusão social e de cerceamento de direitos, levou à formação pela esquerda de governos de coalizão nos últimos doze anos, o atual momento político demonstra que este modelo esgotou-se. Os avanços dos três governos petistas no Brasil são muitos. Conseguiu aliar a inclusão social, a melhoria da distribuição de renda, com o crescimento econômico e a formação de uma nova correlação de forças em nível internacional. </div>
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Porém, acabou pagando alto preço por esses avanços ao ter que se aliar a históricos políticos defensores da burguesia nacional e alguns deputados e senadores preocupados apenas com manutenção dos seus próprios privilégios. Coisas de um Brasil onde o sistema político torna o presidente refém da barganha com congressistas nem sempre éticos e preocupados com o país. Fatos que travaram várias pautas mais polêmicas durante o período. Chantagens e ameaças são corriqueiras neste sistema. As próprias suspeitas que podem envolver a Petrobras no pagamento de propinas desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso para partidos, membros do Congresso e até do Judiciário são provas disso. Comprovam também a falência deste sistema político e a urgente necessidade de reformá-lo. </div>
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No entanto, pensar que somente a Reforma Política resolverá todos os problemas é equivocado. Até porque ela será disputada fortemente pelo novo lacerdismo da mesma maneira como em 1961-1964. Evidente que há diferenças claras com relação àquele período. Os conglomerados de comunicação estão mais fortes, os militares foram substituídos por um judiciário reacionário e o Lacerda era muito melhor do que Aécios da vida. No mais, é tudo igual. Ódio de classe, preconceito e violência, repúdio à democrática e decisões soberanas da população, manipulação das informações divulgadas pela grande mídia, tentativa de gerar o caos e desestabilizar as instituições. Até expressões como "fora o comunismo" e o discurso contra uma possível "cubanização" do Brasil voltaram. Só faltam os tanques nas ruas.</div>
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<br /></div>
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Sim. A Reforma Política é absolutamente necessária. E ela deve ser a síntese das propostas apresentadas pela OAB, CNBB e partidos de esquerda. E para isto ser conquistado, a pressão popular tem que ser muito maior do que vem sendo. Caso contrário, corremos o risco de ver ela acontecer a partir da pauta da direita, pela qual os programas partidários saem enfraquecidos, a força da grana será ainda mais decisiva em eleições e um presidente ou governador, seja do partido que for, será ainda mais dependente do "toma lá, dá cá" de parlamentares que legislam em interesse próprio e dos grandes empresários corruptores.</div>
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No entanto, esta não é a única reforma necessária. Tão ou mais importante do que ela, a democratização da mídia é um passo decisivo para a manutenção e o fortalecimento da democracia brasileira. E não me venham falar que realizá-la é cercear a liberdade de imprensa. E não me venham falar que basta não comprar a Veja ou ler a Zero Hora como forma de enfraquecer estes veículos porque isto não adianta. Ainda mais quando, mesmo em governos de esquerda, os recursos publicitários muitas vezes acabam direcionados quase que exclusivamente a esses veículos.</div>
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Para democratizar a mídia são necessárias seis polêmicas medidas. E os movimentos sociais com força nas ruas para fazê-las acontecer, pois quem não tem o poder das concessões deve estar nas ruas e nas redes sociais manifestando-se, informando e conscientizando o conjunto da população sobre a necessidade destas medidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira delas é propor uma nova Lei de Concessões que limite o número de veículos de comunicação e da possibilidade destes de terem milhares de outros veículos retransmissores. Isso fere diretamente a democracia, a liberdade de imprensa e de expressão. É notório hoje no Brasil que muitas rádios, tevês e jornais regionais e locais brasileiros são meros retransmissores de conteúdo dos quatro grandes conglomerados existentes. Isto se deve muitas vezes a necessidade destes pequenos e médios veículos de sobreviverem num mercado monopolizado. Não fosse assim, possivelmente deixariam de existir por falta de sustentabilidade financeira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A segunda medida é estabelecer mecanismos de fortalecimento das mídias regionais, locais e comunitárias através de maior equidade na distribuição de verbas publicitárias governamentais. Não é mais possível conceber que, mesmo onde a esquerda governa, nais de 80% dos recursos publicitários sejam direcionados para apenas três ou quatro empresas de comunicação de grande porte e menos de 20% cheguem para as milhares de mídias de médio e pequeno porte espalhadas país afora. No Rio Grande do Sul, regulamentar a Lei do deputado Oliboni que institui uma política estadual de fomento às mídias regionais, locais e comunitárias é uma ação urgente e necessária. No Brasil, fazer avançar no Congresso projetos existentes que versam sobre o mesmo tema deve ser tarefa prioritária para os parlamentares de esquerda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A terceira medida Franklin Martins iniciou no governo Lula, mas parece ter caído no esquecimento: criar e fortalecer uma empresa nacional de comunicação. Franklin foi um dos pais da Empresa Brasileira de Comunicação, cujo projeto era fomentar a produção de conteúdo nacional, de informações isentas e tentar disputar com os grandes conglomerados espaços de audiência aportando uma programação nacional mais flexível e menos institucional. Com a saída de Franklin, este último objetivo parece esquecido e não se concretizou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A quarta ação para democratizar a mídia é o fortalecimento das rádios e tevês comunitárias e digitais. A quinta, a formação de conselhos de comunicação com participação governamental, empresarial e da sociedade organizada. Não para estabelecer censura sobre conteúdos, acusação injusta levantada pelos grandes reis da mídia. Os conselhos são necessários para debater e propor ações públicas de fortalecimento da produção nacional, por exemplo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, a sexta tarefa não é governamental. É do conjunto da esquerda brasileira, que deve superar suas divisões e criar, no mínimo, instrumentos impressos e digitais de comunicação de massa como jornais e portais de notícias. Não adianta reclamarmos da Folha, da Globo e da Veja se não propormos alternativas de leitura por parte da população e disputaremos com o jornalismo marrom a possibilidade de oferta à sociedade de informações mais isentas e conteúdo opinativo. Caso contrário, esta mesma sociedade continuará a ser informada somente pelos veículos citados, o que compromete a democracia brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há ainda outras reformas não mesmos importantes do que estas, como a reforma tributária. Ela deve ser realizada não sob a lógica da direita que prega o fim de todos os impostos. Mas sob a lógica da necessidade de quem lucra mais, paga mais. No entanto, por sua complexidade e densidade, buscarei abordar o tema em outro artigo.</div>
<br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Texto e Fotos: André Rosa</strong></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-o7nupK_A6qw/VINJoVx_UbI/AAAAAAAAF5E/raBz1i6UuXo/s1600/20141204_194433.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-o7nupK_A6qw/VINJoVx_UbI/AAAAAAAAF5E/raBz1i6UuXo/s1600/20141204_194433.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-R-KUcBix4ww/VINJ0nyCNDI/AAAAAAAAF5M/g2RyXVSiwVE/s1600/20141204_191027.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-R-KUcBix4ww/VINJ0nyCNDI/AAAAAAAAF5M/g2RyXVSiwVE/s1600/20141204_191027.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-RSUSKPNfEh4/VINKSUr8ocI/AAAAAAAAF5U/bAcUfBkRIXQ/s1600/20141204_190805.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-RSUSKPNfEh4/VINKSUr8ocI/AAAAAAAAF5U/bAcUfBkRIXQ/s1600/20141204_190805.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-UnzaTy1a83o/VINKdEO0k7I/AAAAAAAAF5c/6ILRA9_75O4/s1600/20141204_190645.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-UnzaTy1a83o/VINKdEO0k7I/AAAAAAAAF5c/6ILRA9_75O4/s1600/20141204_190645.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-tZJA8-pYYQM/VINKfRGecMI/AAAAAAAAF5k/QxRpGN1x700/s1600/20141204_190248.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-tZJA8-pYYQM/VINKfRGecMI/AAAAAAAAF5k/QxRpGN1x700/s1600/20141204_190248.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-M6ZLFQNw-yU/VINLATayB_I/AAAAAAAAF5s/Px3uPQ3hHSw/s1600/20141204_184821.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-M6ZLFQNw-yU/VINLATayB_I/AAAAAAAAF5s/Px3uPQ3hHSw/s1600/20141204_184821.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-SROGPMOqKIM/VINLBTa3p5I/AAAAAAAAF50/QBtpPT37p00/s1600/20141204_192502.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-SROGPMOqKIM/VINLBTa3p5I/AAAAAAAAF50/QBtpPT37p00/s1600/20141204_192502.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div>
</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-74305712679641881412014-12-04T17:49:00.000-02:002014-12-04T17:52:53.550-02:00Sartori utilizará cheque em branco para congelar salários dos servidores<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-aMDZSVmK8VI/VIC6BKM-UBI/AAAAAAAAF3w/gArZaxcDPG0/s1600/201406170013-jose-ivo-sartori-por-ramiro-furquim-_oaf3517.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-aMDZSVmK8VI/VIC6BKM-UBI/AAAAAAAAF3w/gArZaxcDPG0/s1600/201406170013-jose-ivo-sartori-por-ramiro-furquim-_oaf3517.jpg" height="212" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Governador eleito confidencia a líderes empresariais <br />
congelamento de salários e novas nomeações</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Bem orientado por sua
equipe de marketing, na campanha o governador eleito José Ivo passou
a imagem de um gringo popular, brincalhão, esperto, sem grandes
pretensões ou propostas. Afirmava que o caminho para recuperar o Rio
Grande seria o do diálogo, da busca de alternativas em conjunto com
a população. Tipo: a gente primeiro ganha a eleição e depois
resolve junto o que fazer, o que importa é tirar o PT do governo. <br />
<br />
Sentimento que, apesar
de todos os alertas, foi majoritário entre os gaúchos e gaúchas
que lhe deram um cheque em branco.<br />
<br />
Passado o período
eleitoral, um silêncio ensurdecedor tomou conta do Rio Grande. A
ponto de ser questionado inclusive por parcela da imprensa gaúcha
aversa ao PT e ao governo Tarso Genro. A mesma chegou a pedir
publicamente maior transparência ao Sartorão da Massa sobre as
primeiras medidas que adotaria e a formação da sua equipe de
governo. O gringo manteve-se quieto.<br />
<br />
Nada. Absolutamente
nada parecia romper com o silêncio. Nem sobre a vitória liderada
pelo atual governador Tarso Genro com relação à renegociação da
dívida do Estado com a União, medida que aliviará os cofres
gaúchos nos próximos anos se ouviu o próximo mandatário falar.<br />
<br />
Nos bastidores,
comenta-se inclusive que, apesar de todo o esforço da equipe
designada pelo governo atual para realizar a transição mais
democrática e transparente possível, ela está praticamente parada
por absoluta falta de interesse daqueles que assumirão o Palácio
Piratini em janeiro de 2015. O Centro de Treinamento da Procergs em
Porto Alegre onde se reúnem, segue praticamente vazio. Diante da
falta de informações, os próprios partidários do governador
eleito no interior tem buscado via telefonemas informações sobre o
número de CCs existentes em órgãos estaduais representados nas
cidades.
<br />
<br />
Até que
dezembro chegou.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Matéria publicada num
grande jornal neste início de mês desmascara o silêncio de José
Ivo. Ele não é total. Embora não dialogue com o conjunto da
população ou mesmo com parcela significativa dos partidos que o
elegeram, tem conversado muito com os grandes líderes empresariais
gaúchos e anunciado a eles que tomará medidas ásperas logo nos
primeiros dias de janeiro. Ásperas para quem? Não para os
empresários, mas para a população como forma de aumentar o aporte
de recursos públicos em obras a serem realizadas a partir de
Parcerias Público-Privada (PPP). E aí me cabe uma observação: as
maiores PPPs realizadas por outros governos neste estado sempre
acabaram por beneficiar, através do aumento de lucratividade,
grandes empresas. Talvez por isso o interesse em calar-se diante da
população ao mesmo tempo em que dialoga somente com líderes
empresariais.<br />
<br />
Entre as medidas já
negociadas de José Ivo, estariam o congelamento do salário do
funcionalismo – provavelmente revogando acordos existentes com as
categorias – e a não nomeação de novos servidores aprovados em
concursos públicos. Como compensação simbólica, a redução em
20% do número de CCs no governo, medida que, segundo os próprios
técnicos de Sartori afirmar não significar nenhum impacto
financeiro positivo relevante ao Estado.
<br />
<br />
Qual o real significado
dessas medidas? A reversão do processo de recuperação e
valorização dos servidores e do serviço público vivenciado nos
últimos quatro anos, prejudicando a população que mais depende do
atendimento em hospitais que atendem pelo SUS, das escolas públicas
e aumentando ainda mais o déficit de segurança nas cidades gaúchas.
Algo que não chega a ser novidade para Sartori, afinal quando
exercia o cargo de prefeito em Caxias do Sul, promoveu o arrocho
salarial e a terceirização de parcela significativa dos serviços
de saúde. Nem a greve dos profissionais da área que durou cerca de
dez meses o demoveu da ideia.
<br />
<br />
Para promover tais
medidas, o governador eleito já ensaia utilizar velhas e surradas
desculpas já apresentadas durante os governos Rigotto e Yeda para
arrochar o funcionalismo e promover a desqualificação dos serviços
prestados à população.
<br />
<br />
Pois é, parece que o
cheque em branco dado pela maioria à Sartori será utilizado contra
ela própria. Considerada apenas um deboche ou uma brincadeira
realizada durante a campanha eleitoral, a sugestão do Sartorão da
Massa de que os professores procurassem seu piso na Tumelero, pois lá
teriam piso bom, era mais sério do que muitos pensavam.
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-78916128556773896642014-11-26T09:07:00.002-02:002014-11-26T09:07:45.288-02:00O Retorno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-QsZ0nCbWdFc/VHWwAqWxmFI/AAAAAAAAF2o/7zYwgvdROaU/s1600/retorno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-QsZ0nCbWdFc/VHWwAqWxmFI/AAAAAAAAF2o/7zYwgvdROaU/s1600/retorno.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Havia desistido quase que por completo de manter um blog no ar. A falta de tempo, inspiração, compromissos familiares, profissionais e políticos, a preguiça... itens quase decisivos para que agente acabe pensando em desistir de postar. Aliado a isto, a facilidade das redes sociais acaba nos conduzindo para o caminho mais fácil de expressar e compartilhar opiniões. A sorte é que, mesmo sem postar, mantive o Contraversando no ar para que talvez algum dia a vontade de publicar. E ela retornou. Então, vamos lá! Mãos à Obra!</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-17604164990210415322014-02-21T10:44:00.002-03:002014-02-21T10:45:03.889-03:00Neste momento em que um golpe ronda um país vizinho, é meu dever dizer aos jovens o que é um golpe de estado*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-5--4j_LGbHQ/UwdYN-wxX0I/AAAAAAAABKI/6TN4g7wa9oo/s1600/marcelo_camargo_ditadura_i.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-5--4j_LGbHQ/UwdYN-wxX0I/AAAAAAAABKI/6TN4g7wa9oo/s1600/marcelo_camargo_ditadura_i.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="entry-title" style="text-align: justify;">
Neste momento extremamente grave em que vemos um golpe militar caminhar célere rumo a um país vizinho, com o noticiário chegando a nós de modo distorcido, utilizando-se de imagens fictícias, exibindo fotos de procissões religiosas em Caracas como se fosse do povo venezuelano revoltoso nas ruas; mostrando vídeos antigos como se atuais fossem; e quando, pelo próprio visual próspero e “coxinha” dos manifestantes, podemos bem avaliar os interesses de sua sofreguidão, que os impedem de respeitar os valores democráticos e esperar nova eleição para mudar o governo que os desagrada, vejo como meu dever abrir a boca e falar.</div>
<div class="entry-title" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o que é de fato uma ditadura.<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Se a Ditadura Militar tivesse sido contada na escola, como são a Inconfidência Mineira e outros episódios pontuais de usurpação da liberdade em nosso país, eu não estaria me vendo hoje obrigada a passar sal em minhas tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Fazer as feridas sangrarem é obrigação de cada um dos que sofreram naquele período e ainda têm voz para falar.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Alguns já se calaram para sempre. Outros, agora se calam por vontade própria. Terceiros, por cansaço. Muitos, por desânimo. O coração tem razões…</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Eu falo e eu choro e eu me sinto um bagaço. Talvez porque a minha consciência do sofrimento tenha pegado meio no tranco, como se eu vivesse durante um certo tempo assim catatônica, sem prestar atenção, caminhando como cabra cega num cenário de terror e desolação, apalpando o ar, me guiando pela brisa. E quando, finalmente, caiu-me a venda, só vi o vazio de minha própria cegueira.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Meu irmão, meu irmão, onde estás? Sequer o corpo jamais tivemos.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Outro dia, jantei com um casal de leais companheiros dele. Bronzeados, risonhos, felizes. Quando falei do sofrimento que passávamos em casa, na expectativa de saber se Tuti estaria morto ou vivo, se havia corpo ou não, ouvi: “Ah, mas se soubessem como éramos felizes… Dormíamos de mãos dadas e com o revólver ao lado, e éramos completamente felizes”. E se olharam, um ao outro, completamente felizes.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Ah, meu deus, e como nós, as famílias dos que morreram, éramos e somos completamente infelizes!</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
A ditadura militar aboletou-se no Brasil, assentada sobre um colchão de mentiras ardilosamente costuradas para iludir a boa fé de uma classe média desinformada, aterrorizada por perversa lavagem cerebral da mídia, que antevia uma “invasão vermelha”, quando o que, de fato, hoje se sabe, navegava célere em nossa direção, era uma frota americana.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Deu-se o golpe! Os jovens universitários liberais e de esquerda não precisavam de motivação mais convincente para reagir. Como armas, tinham sua ideologia, os argumentos, os livros. Foram afugentados do mundo acadêmico, proibidos de estudar, de frequentar as escolas, o saber entrou para o índex nacional engendrado pela prepotência.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
As pessoas tinham as casas invadidas, gavetas reviradas, papéis e livros confiscados. Pessoas eram levadas na calada da noite ou sob o sol brilhante, aos olhos da vizinhança, sem explicações nem motivo, bastava uma denúncia, sabe-se lá por que razão ou partindo de quem, muitas para nunca mais serem vistas ou sabidas. Ou mesmo eram mortas à luz do dia. Ra-ta-ta-ta-tá e pronto.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
E todos se calavam. A grande escuridão do Brasil. Assim são as ditaduras. Hoje ouvimos falar dos horrores praticados na Coreia do Norte. Aqui não foi muito diferente. O medo era igual. O obscurantismo igual. As torturas iguais. A hipocrisia idêntica. A aceitação da sobrevivência. Ame-me ou deixe-me. O dedurismo. Tudo igual. Em número menor de indivíduos massacrados, mas a mesma consistência de terror, a mesma impotência.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Falam na corrupção dos dias de hoje. Esquecem-se de falar nas de ontem. Quando cochichavam sobre “as malas do Golbery” ou “as comissões das turbinas”, “as compras de armamento”. Falavam, falavam, mas nada se apurava, nada se publicava, nada se confirmava, pois não havia CPI, não havia um Congresso de verdade, uma imprensa de verdade, uma Justiça de verdade, um país de verdade.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
E qualquer empresa, grande, média ou mínima, para conseguir se manter, precisava obrigatoriamente ter na diretoria um militar. De qualquer patente. Para impor respeito, abrir portas, estar imune a perseguições. Se isso não é um tipo de aparelhamento, o que é, então? Um Brasil de mentirinha, ao som da trilha sonora ufanista de Miguel Gustavo.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Minha família se dilacerou. Meu irmão torturado, morto, corpo não sabido. Minha mãe assassinada, numa pantomima de acidente, só desmascarada 22 anos depois, pelo empenho do ministro José Gregory, com a instalação da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos no governo Fernando Henrique Cardoso.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Meu pai, quatro infartos e a decepção de saber que ele, estrangeiro, que dedicou vida, esforço e economias a manter um orfanato em Minas, criando 50 meninos brasileiros e lhes dando ofício, via o Brasil roubar-lhe o primogênito, Stuart Edgar, somando no nome homenagens aos seus pai e irmão, ambos pastores protestantes americanos – o irmão, assassinado por membro louco da Ku Klux Klan. Tragédia que se repetia.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Minha irmã, enviada repentinamente para estudar nos Estados Unidos, quando minha mãe teve a informação de que sua sala de aula, no curso de Ciências Sociais, na PUC, seria invadida pelos militares, e foi, e os alunos seriam presos, e foram. Até hoje, ela vive no exterior.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Barata tonta, fiquei por aí, vagando feito mariposa, em volta da fosforescência da luz magnífica de minha profissão de colunista social, que só me somou aplausos e muitos queridos amigos, mas também uma insolente incompreensão de quem se arbitrou o insano direito de me julgar por ter sobrevivido.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Outra morte dolorida foi a da atriz, minha verdadeira e apaixonada vocação, que, logo após o assassinato de minha mãe, precisei abdicar de ser, apesar de me ter preparado desde a infância para tal e já ter então alcançado o espaço próprio. Intuitivamente, sabia que prosseguir significaria uma contagem regressiva para meu próprio fim.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
Hoje, vivo catando os retalhos daquele passado, como acumuladora, sem espaço para tantos papéis, vestidos, rabiscos, memórias, tentando me entender, encontrar, reencontrar e viver apesar de tudo, e promover nessa plantação tosca de sofrimentos uma bela colheita: lembrar os meus mártires e tudo de bom e de belo que fizeram pelo meu país, quer na moda, na arte, na política, nos exemplos deixados, na História, através do maior número de ações produtivas, efetivas e criativas que eu consiga multiplicar.</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
E ainda há quem me pergunte em quê a Ditadura Militar modificou minha vida!</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div class="entry-content" style="text-align: justify;">
<strong>* Hildegard Angel</strong><em> é colunista social, irmã de Paul Stuart Jones, estudante de economia torturado e assassinado pela ditadura cívico-militar, e filha de Zuzu Angel, morta em acidente de carro após comprovada sabotagem de agentes desta mesma ditadura. Artigo publicado originalmente em <a href="http://www.hildegardangel.com.br/">www.hildegardangel.com.br</a>.</em></div>
</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-16717764384790830102013-10-19T13:00:00.001-03:002013-10-19T13:00:44.505-03:00É preciso inventar de novo o amor - 100 anos de Vinicius de Moraes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/snL61YwwLCw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-69098260105829378992013-03-03T10:19:00.002-03:002013-03-03T10:36:40.132-03:00Ignorando Yoani<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ZfjmNhDIqwI/UTNR2QfS_oI/AAAAAAAAA_g/9W305DqSZBI/s1600/2013022035246.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-ZfjmNhDIqwI/UTNR2QfS_oI/AAAAAAAAA_g/9W305DqSZBI/s320/2013022035246.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não escrevi nada durante a visita de Yoani Sanchez ao Brasil
porque acho que tem certas coisas que é melhor ignorar do que protestar. Não quero
dizer com isso que fui contra os protestos realizados, mas que eles acabaram
dando mais visibilidade a uma agente de direita, isso eles deram. A mídia
antipetista e anticuba cobriria igual sua passagem por aqui. Porém, ao meu ver,
os protestos transformaram esta pessoa quase numa popstar. Deram um pouco mais
de pauta para os meios de comunicação a serviço da direita. Deixasse ela
assistir quieta o péssimo documentário produzido por um brasileiro, autografar
meia dúzia de livros na livraria (des)Cultura (tenho certo orgulho de nunca ter
pisado num desses templos que transformar a leitura, a cultura, em mero artigo
comercial), confabular com os neoliberais do PSDB e DEM e fazer turismo (parece
que o principal objetivo da agende da CIA) e a repercussão talvez tenha sido
diferente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Aliás, agora na Europa, Yoani não cansa de citar o Brasil
criticando os protestos aqui realizados. Demos palco a ela<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fizemos o que ela mais queria: criar polêmica
e ganhar visibilidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Acho que nós, da esquerda, devemos estar mais preocupados em
denunciar e lutar contra <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a prisão ilegal
dos cinco cubanos nos Estados Unidos do que dar palco para Yoani. </span></div>
<br />André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-89751668412867344682013-01-30T20:53:00.001-02:002013-01-30T20:53:56.595-02:00Em cima do telhadoHá 44 anos, John, Paul, Ringo e George faziam o último show dos Beatles e o primeiro show de rock em cima de um telhado. Foi em Londres, na Savile Row, 03. Durou apenas quarenta e dois minutos por ter sido interrompido pela polícia londrina, mas entrou para a história. Vai a nossa homenagem.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/q9UvjclvVcw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-71940846598443154242013-01-30T01:35:00.004-02:002013-01-30T01:35:59.219-02:00Santa Maria: o silêncio do prefeito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-pQSzR8A_BqY/UQiUtlL7PXI/AAAAAAAAA-k/4mVoSsrXcS0/s1600/04prefeitosantamariacezarschirmerincendiofernandoborgester.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="http://3.bp.blogspot.com/-pQSzR8A_BqY/UQiUtlL7PXI/AAAAAAAAA-k/4mVoSsrXcS0/s400/04prefeitosantamariacezarschirmerincendiofernandoborgester.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Na coletiva da tarde desta terça-feira (30/01), o prefeito
de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Santa Maria César Schirmer informou que,
por decreto, todos os eventos esportivos e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>políticos da cidade estão suspensos por 30
dias. O mesmo decreto cancelou o carnaval em Santa Maria, mesmo que realizado
fora de época. Afirmou também que o foco da administração do município foi, em
conjunto com os governos estadual e federal dar assistência para as vítimas e
seus familiares. Nada mais. </span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Dar assistência para as vítimas, parentes e amigos é o
mínimo que se espera do prefeito de uma cidade cuja história ficará marcada
para sempre por esta verdadeira chacina. Porém, o silêncio de Schirmer sobre as
causas da tragédia nesta e em todas as entrevistas que concedeu chega a ser
constrangedor. Não respondeu a perguntas de jornalistas e muito menos esclareceu
os motivos que levaram a administração municipal da qual é o responsável a
manter o Alvará de Funcionamento da boate Kiss mesmo com o Alvará de Proteção
contra Incêndio emitido pelo Corpo de Bombeiros vencido desde 10 de agosto de
2012. Simplesmente leu um discurso "milimetricamente calculado" e
deixou que a assessoria de comunicação respondesse a perguntas dos jornalistas.
Tampouco sua assessoria esclareceu as causas, limitando-se a afirmar que a
próxima vistoria da prefeitura correria somente em abril, quase um ano após o
vencimento da licença dos bombeiros. Nenhuma palavra sobre a fiscalização de
outras casas de espetáculo na cidade que possuem as mesmas características e
riscos da Kiss.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não acredito que Schirmer pessoalmente seja o responsável
pela tragédia. No entanto, repito, seu silêncio é.no mínimo constrangedor. Cheira
a omissão. Talvez por saber que sua gestão falhou ao manter o Alvará de
Funcionamento e, mesmo indiretamente, permitir que a tragédia ocorresse. Silêncio
constrangedor diante das declarações do governador Tarso Genro de que a
legislação deve ser mais rigorosa. Silêncio constrangedor diante de uma chacina
que anunciada, que sensibilizou o mundo inteiro, incluindo a presidenta Dilma, o
Papa, o Roberto Carlos e até a Lady Gaga. Todos falaram sobre a tragédia, menos
o prefeito. Preferiu agradecer a solidariedade, cancelar eventos e silenciar
sobre a lotação da Boate Kiss na noite trágica, sobre a orientação dada pelos
proprietários aos seguranças para trancarem as portas buscando que todos
pagassem suas comandas, sobre a falta de uma saída de emergência, de um plano
de evacuação, da ausência no local de bombeiros civis treinados conforme prevê
a legislação, sobre o Alvará concedido pela prefeitura sem observar a lei
municipal que proíbe tal feito para estabelecimentos de diversão que possuam
material inflamável ou que gerem gases tóxicos em seu isolamento acústico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Simplesmente silêncio. Tão constrangedor que até a grande
imprensa anda cobrando uma manifestação do prefeito.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: Fernando Borgester/Terra</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-89555924215793632752013-01-29T10:40:00.002-02:002013-01-29T10:40:50.695-02:00Santa Maria poderia ter sido aqui<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-uA0J2cywHx0/UQfC5pVmYqI/AAAAAAAAA-U/oGZ5GH2B8Oc/s1600/Santa-Maria-Corpos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-uA0J2cywHx0/UQfC5pVmYqI/AAAAAAAAA-U/oGZ5GH2B8Oc/s400/Santa-Maria-Corpos.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Calibri;">231 jovens mortos. Outras dezenas ainda correndo risco de
morte. A maior tragédia da história gaúcha. A segunda maior tragédia em incêndios
no Brasil. A terceira maior tragédia em danceterias na história da humanidade. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O incêndio na boate Kiss em Santa Maria continua a nos
comover. Como bem disse Fabrício Carpinejar, todos nós morremos um pouco
naquela madrugada de sábado para domingo. A dor de ver tantos jovens que saíram
para se divertir mortos num local que, em tese, deveria ser seguro, é algo que
nos fere a alma. Afinal, todos já estivemos ou estamos expostos aos mesmos
perigos que correram estes jovens.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Buscar a verdade sobre os fatos, analisar friamente todos os
elementos, deve ser o nosso papel. E a verdade, neste caso, é que a conjunção
de erros protagonizados pelo Poder Público, a<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>fúria de obter lucro fácil e a irresponsabilidade de um pretenso músico
foram os responsáveis por esta chacina. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">É inacreditável que a prefeitura de Santa Maria não tenha
observado a lei municipal que proíbe a utilização de materiais inflamáveis ou
que gerem fumaça tóxica em bares, restaurantes e danceterias ao conceder o
alvará de funcionamento para a boate Kiss. Outras condições, como locais
apropriados para evacuação em casos de emergência e a existência no local de
bombeiros civis treinados, também não foram observados. Por outro lado, os
proprietários, buscando maximizar os lucros, utilizaram materiais de baixo custo
para driblar exigências de segurança e permitiram que a casa abrigasse mais
pessoas do que ela comporta. A casa era um verdadeiro labirinto e os seguranças
orientados para que ninguém deixasse o local sem pagar consumação. Quem
trabalha com eventos sabe que estas são práticas absolutamente comuns na área.
Já os músicos, buscando o sucesso, o glamour, proporcionaram um espetáculo pirotécnico
em local inadequado. Talvez uma forma de gerar o impacto positivo que não
conseguiriam gerar com suas músicas ou atuação no palco.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O pior de tudo. A tragédia foi na boate Kiss, em Santa
Maria, mas poderia ter sido em qualquer outro local de qualquer cidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Porto Alegre, por exemplo. Na capital dos gaúchos e gaúchas,
há dezenas, possivelmente centenas de locais nas mesmas condições da Kiss. No
centro, há pelo menos uma dezena de boates que funcionam sem saídas de
emergência ou locais apropriados para evacuação rápida, os materiais acústicos
são de baixo custo, possivelmente inflamáveis, não há bombeiros civis e geralmente
abrigam um número de pessoas maior do que o local comporta. A maioria, com
alvará em dia e sem fiscalização da prefeitura. Mesmo no boêmio bairro Cidade
Baixa, na João Alfredo, há casas antigas transformadas em danceterias sem que
tenham as mínimas condições de segurança. Isso se repete em outros bairros. E o
Poder Público é omisso quanto a isso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">É de se esperar que, em Santa Maria, em Porto Alegre ou em
qualquer outro município brasileiro, esta realidade mude. Mas foi preciso a
tragédia de grandes proporções acontecer para que a sociedade e aqueles que
deveriam fiscalizar e não o fazem abrissem os olhos para esta situação. Lamentável.
</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-44407363187145254242012-11-13T08:11:00.003-02:002012-11-13T08:11:35.066-02:00A face desumana da Copa e do PSDB<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-o77bJTA14wk/UKIcf1CDtnI/AAAAAAAAA9s/Uc1e_YVc1-4/s1600/cas-de-200-familias-das-favelas-buraco-quente-e-comando-na-zona-sul-de-sao-paulo-convivem-com-escombros-de-casas-desapropriadas-1352763070838_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="http://3.bp.blogspot.com/-o77bJTA14wk/UKIcf1CDtnI/AAAAAAAAA9s/Uc1e_YVc1-4/s400/cas-de-200-familias-das-favelas-buraco-quente-e-comando-na-zona-sul-de-sao-paulo-convivem-com-escombros-de-casas-desapropriadas-1352763070838_615x300.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Crianças brincando em meio a escombros e vigas metálicas
retorcidas, famílias sem ter para onde ir, falta de apoio do governo paulista
de Geraldo Alckmin. Esta é a situação de 200 famílias das comunidades Buraco
Quente e Comando em São Paulo, cujas casas estão sendo desapropriadas para a
construção de uma linha de metrô para a Copa de 2014 que ficará pronta quando a
competição já estará na sua metade.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O fato se deve ao descaso do governo do PSDB com as famílias
que ainda não quiseram ou não puderam firmar acordo de desapropriação de uma
área pública destinada para a construção da obra. Os que não quiseram firmar o
acordo, alegam a dificuldade de encontrar nova moradia com o baixo valor pago
pela desapropriação. Até porque com os pouco mais de R$ 40 mil oferecidos são
insuficientes mesmo em outras capitais, como Porto Alegre, para encontrar-se um
imóvel capaz de abrigar uma família. Também alegam a dificuldade de acesso a
escolas e outros serviços públicos. Os que ainda não puderam firmar o acordo,
dependem de documentação. Este é o caso de uma avó que mora com seus três
netos. Separada na prática, ainda é oficialmente casada e seu ex-marido possui
imóvel em outro estado, o que impede a senhora de acessar o programa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Enquanto não conseguem outro local para se abrigar, as
famílias são obrigadas a conviver num cenário de devastação e total abandono.
Possivelmente buscando pressionar pela saída imediata dos moradores, os
responsáveis pela obra simplesmente realizam a demolição das casas e deixam por
ali mesmo os escombros. Fato desumano que transforma a vida dessas 200 famílias
em ruínas. Além de ocasionar problemas para a saúde de crianças e idosos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Gosto de futebol. Para alguém da minha idade, que não pode
assistir a Copa de 1950 mesmo com o Maracanazo, ter a Copa do Mundo no Brasil e
poder ver as grandes seleções como a Argentina de Messi sempre foi um
desejo.Acho até que ela poderia trazer obras importantes para o desenvolvimento
das cidades onde se realizará. Agora, ela não pode ser realizada nesta lógica
de suplantar a vida das pessoas como defende a FIFA e, neste caso, o governo do
PSDB em São Paulo. É desumano. Nesta lógica, um evento esportivo, o lucro, a
ânsia de apresentar obras, acaba valendo mais do que a vida. </span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-90390416687483274292012-11-11T12:53:00.003-02:002012-11-11T12:53:27.075-02:00O que a vitória de Obama representa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HHKR9OqvN8U/UJ-7oa3wHJI/AAAAAAAAA9c/zk4gWrMY3Ns/s1600/22529_zoom.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-HHKR9OqvN8U/UJ-7oa3wHJI/AAAAAAAAA9c/zk4gWrMY3Ns/s320/22529_zoom.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Fechada a recontagem na Flórida, é possível conhecer
finalmente os números finais da eleição norte-americana. O democrata Obama conquistou
332 votos do colégio eleitoral, contra 206 do conservador Romney. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para muitos, especialmente aqueles identificados com a
esquerda, a opinião é de que a vitória de Obama nada representa. Alguns
chegaram até a postar comentários no Facebook afirmando que não haveria
diferença entre eles. Uma visão míope e desfocada da conjuntura. Pode-se ser
contra as distorções do sistema eleitoral norte-americano, pode-se dizer que
nem conservadores e nem democratas representam um projeto de esquerda naquele
país, pode-se considerar que a democracia deles não é uma democracia real. Agora,
dizer que não há diferenças, é querer ignorar a realidade.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A postura do conservador Romney durante todo o processo
eleitoral, esteve à direita até mesmo de seu correligionário e ex-presidente estadunidense
Bush Júnior. O candidato conservador representou as ideias do
ultraconservadorismo norte-americano. Exalou preconceito contra homossexuais,
negros, pobres, mulheres e latinos. Defendeu a postura intervencionista dos
Estados Unidos com relação aos países que lhe representam riscos políticos ou
econômicos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Foi contra a implementação
de um sistema de saúde público, gratuito e universal. Com Romney eleito
presidente, é possível que o bloqueio econômico a Cuba se intensificasse e o
enfrentamento armado com a Venezuela de Hugo Chavez fosse uma possibilidade
real.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Postura diferente apresentou Obama. Se é verdade que não
primou por um projeto de esquerda, até porque não é de esquerda e ser de
esquerda nos Estados Unidos é ainda nos dias de hoje algo raro, também é
verdade que teve um governo e uma plataforma de campanha um pouco mais
progressista. Defendeu a união civil entre pessoas do mesmo sexo, apresentou
projeto para reformar a saúde e permitir para que ela seja pública e gratuita, defendeu
e está negociando o aumento de impostos para empresas e pessoas com alto poder
aquisitivo. Na política internacional, mal ou bem foi menos pior, menos
intervencionista do que os governos do Partido Conservador.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A reeleição de Obama não fomenta a esperança de que os
Estados Unidos tenha um governo identificado com a esquerda. Isso não ocorrerá.
Porém, ela representa a certeza de que não haverá uma mudança para pior naquele
país, algo que afetaria o mundo todo. Também significa que temas como a taxação
das grandes fortunas dos ricos norte-americanos, o reconhecimento da união
civil entre pessoas do mesmo sexo e o enfrentamento ao preconceito racial,
social e contra latinos poderá avançar um pouco mais. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A propósito, o voto da maioria dos imigrantes e descendentes
latinos foram decisivos. Claro que os cubanos de Miami ficaram com Romney, mas
os demais ajudaram a garantir a vitória de Obama.</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-26907946034235070082012-11-11T09:50:00.004-02:002012-11-11T09:50:50.692-02:00A violência fora de controle em São Paulo*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-QDiOm0vFLac/UJ-QbGPUd4I/AAAAAAAAA9M/xxWVmhASrwA/s1600/violencia_policiais1-300x225.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-QDiOm0vFLac/UJ-QbGPUd4I/AAAAAAAAA9M/xxWVmhASrwA/s320/violencia_policiais1-300x225.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<strong><span style="font-size: x-small;">*por Ricardo Kotscho, publicado originalmente em </span></strong><a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/" target="_blank"><strong><span style="font-size: x-small;">Balaio do Kotscho</span></strong></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Carcaças de ônibus queimados, policiais, bandidos e inocentes assassinados, corpos sendo recolhidos nas ruas, toques de recolher, bairros sem transporte, escolas sem aulas, o medo e o desespero por toda parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Parece que estamos falando da Síria, mas estas cenas e sentimentos já fazem parte da rotina de quem vive na área metropolitana de São Paulo. Dia após dia, noite após noite, os números da violência vão aumentando.<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Na última madrugada, de sexta para sábado, foram mais cinco mortos e dois feridos a bala, e outro ônibus incendiado nesta guerra sem fim entre a PM e o PCC.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A colega Vanessa Beltrão, do R7, contabilizou mais de 200 mortos a tiros desde o começo de outubro. Apenas entre a noite de quinta e a manhã de sexta, 15 pessoas foram assassinadas e outras 12 baleadas, menos de 24 horas depois de o governador Geraldo Alckmin garantir que a situação estava sob controle:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"As mortes já estão em processo de queda. Eu tenho um acompanhamento diário, elas já estão em um ritmo bem menor. Tem coisa que não tem ligação com o crime organizado".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Se o governador Alckmin e o seu secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto, nomeado por José Serra, há seis anos no cargo, fossem menos autosuficientes e arrogantes, certamente muitas destas mortes poderiam ter sido evitadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em junho, antes que a atual onda de violência fosse deflagrada, a Polícia Federal avisou o governo de São Paulo que os líderes do PCC estavam preparando ataques a policiais, segundo informam os repórteres Marco Antônio Martins e Rogério Pagnan, na "Folha".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"As informações foram repassadas diretamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto. O secretário, no entanto, nega ter recebido esta informação", relata a matéria.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Interceptações telefônicas feitas desde fevereiro do ano passado já revelavam que os chefões do PCC comandavam o tráfico de drogas e armas de dentro da Penitenciária de Presidente Prudente, mas o governo do Estado só concordou esta semana em aceitar a ajuda do governo federal para uma ação conjunta contra os criminosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro passo está sendo dado agora com o envio destes líderes da organização criminosa para presídios federais de segurança máxima bem longe de São Paulo, mas as pessoas continuam morrendo na maior cidade do país. Até quando? Já deveriam ter feito isso aqui há muito tempo, como ocorreu em outros Estados.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém fala de outra coisa, cada um tem sua própria história para contar. "Eu fiquei tão apavorado no ponto do ônibus, que peguei o primeiro que passou, e nem era o meu, só para escapar dali", ouvi esta manhã de um funcionário do Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, que estava numa roda com outros colegas relatando seus dramas para chegar ao trabalho e voltar para casa com vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Com tiroteios em volta dos pontos de ônibus, ruas fechadas pela polícia, o trânsito cada dia mais caótico, quem mora longe sofre mais na "cidade dividida" de que fala o prefeito eleito Fernando Haddad, mas o clima de pavor se alastrou por toda parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Chegaram a comentar que os ataques do PCC e a legião de mortos que deixaram pelo caminho estavam relacionados com a campanha eleitoral, mas o número de assassinatos só fez aumentar depois do fechamento das urnas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O pior que se pode fazer numa situação como essa é querer politizar e partidarizar este problema que atinge a todos nós, ou querer minimizar o que está acontecendo, como fazem as autoridades estaduais.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em declaração feita a Vanessa Beltrão, publicada hoje aqui no R7, José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de segurança pública e atual professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM, chegou a colocar a culpa na imprensa:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"A sensação de insegurança não tem vinculação tão direta e clara com a incidência criminal, mas sim pela maneira como a mídia coloca isso".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E pensar que o nome deste professor, segundo a "Folha", chegou a ser cogitado pelo governador Geraldo Alckmin para substituir Antonio Ferreira Pinto na Secretaria de Segurança Pública. Assim, não há risco de a situação melhorar e podermos voltar a viver em paz.</div>
</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-62024111670131944322012-11-07T00:00:00.001-02:002012-11-07T00:02:30.668-02:00Oposição perde nas urnas e apela para o tapetão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-8gzGYCZ1wq8/UJnAWPLDLII/AAAAAAAAA88/hq2QWWa454o/s1600/bessinha_1529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="http://2.bp.blogspot.com/-8gzGYCZ1wq8/UJnAWPLDLII/AAAAAAAAA88/hq2QWWa454o/s400/bessinha_1529.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O processo eleitoral de 2012 resultou numa retumbante
derrota para a oposição ao PT e aos governos de Lula e Dilma. Com uma ou outra
exceção, os partidos que formam a base governista saíram vitoriosos e o PT foi
o partido mais votado do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a vitória do "poste"
Fernando Haddad (assim o chamaram a oposição e a imprensa golpista ignorando a
grande gestão dele frente ao Ministério da Educação) venceu ninguém menos do
que José Serra, ex-ministro, ex-prefeito, ex-governador, ex-candidato a
presidente em duas oportunidades e possivelmente agora um ex-terminado. Desta
vez, não foi no nordeste ou no norte. A vitória foi em todo o país e mesmo
alguns candidatos da oposição tentaram vincular sua imagem aos investimentos
promovidos pelo governo federal. E tudo isso em meio ao julgamento do mensalão
pelo STF, o qual buscou punir, mesmo sem provas concretas, dirigentes e figuras
históricas petistas.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><span style="font-family: Calibri;">Não convencidos de que o povo brasileiro optou pelos partidos
de situação no país, a oposição, com uma grande ajudinha da grande imprensa,
busca uma vitória no tapetão. Sim, no tapetão. Afinal, a representação
protocolada por eles na Procuradoria Geral da República contra Lula, o melhor
presidente que o Brasil já teve em toda a sua história, é tentar criar mais um
circo. Atitude natural para uma elite ainda inconformada com o fato de que um operário
presidente freou a farra privatista, a dependência dos ditames do FMI e a
expropriação das riquezas do país por alguns poucos. Atitude absolutamente
normal para quem sempre acreditou que o povo não pensa, que buscou disseminar o
ódio de classe e o preconceito contra negros, nordestinos, índios, homossexuais
e pobres. Afinal, não deve ser fácil ser derrotado novamente por mais um
"poste" criado por Lula num município cujo orçamento só perde para o
do Estado de São Paulo e a União. </span><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A verdade é que nem Dilma e nem Haddad são postes. Já demonstraram
isso e só não vê quem não quer. Ambos foram escolhas acertadas de Lula e do PT
em conjunturas diferentes e suas vitórias representam a vitória de um projeto que
diminuiu consideravelmente os índices de pobreza no país e inaugurou uma nova
forma de fazer política. Obviamente, são estes motivos que levam a oposição a
tentar atingir o ex-presidente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para os serras, aécios e acminhos da vida, este projeto
vitorioso que está em curso no Brasil só pode ser derrotado se Lula for
derrotado. Seja através do câncer, seja através do infame STF. Lula está para
eles como Fidel para a elite cubana de Miami. Só mortos para acabar com os seus
simbolismos e retomar o projeto de expropriação das riquezas de um povo. Porém
o fato é que, mesmos afastados do poder central em seus países, tanto Fidel
quanto Lula souberam fazer a leitura correta dos processos históricos e criaram
poderosos "postes" que darão continuidade aos projetos em curso.
Tanto em Cuba quanto no Brasil. Mesmo que um seja genuinamente de esquerda e
revolucionário e outro busque criar as condições para a implementação de um
projeto de esquerda passo a passo num país continental e já acostumado a viver
sob a pretensa mas falsa liberdade de opinião e a democracia burguesa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Lula não morreu e não cairá tão cedo. Há um povo inteiro
para defendê-lo. E nós, do povo, cumpriremos a tarefa de continuar semeando o
caminho para um país mais justo, com menos desigualdades sociais e, quiçá um
dia, socialista. Não derrotaram este projeto nas urnas e tampouco o derrotarão
no tapetão.</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-54554254380663622152012-11-02T17:45:00.000-02:002012-11-02T17:57:05.783-02:00O alvo agora é Lula na guerra sem fim*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--hFJcEQu5IQ/UJQjHt8HA6I/AAAAAAAAA8s/UWSrb5xn7lI/s1600/727436_lulaINTjpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/--hFJcEQu5IQ/UJQjHt8HA6I/AAAAAAAAA8s/UWSrb5xn7lI/s320/727436_lulaINTjpg.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<strong><span style="font-size: x-small;">* por Ricardo Kotscho, publicado originalmente no <a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/" target="_blank">Balaio do Kotscho</a></span></strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Pouco antes do segundo turno do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Esse aí, só matando!", disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de "acabar com esta raça", como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da "blitzkrieg" desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O país em que eles mandavam não existe mais.</div>
</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-77602368443599432302012-10-27T16:54:00.001-02:002012-10-27T16:55:02.997-02:00Lula do Brasil: 67 anos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-IjHDZkq973s/UIwt5mk6iiI/AAAAAAAAA8c/K3Rr2YT6ySM/s1600/lula.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-IjHDZkq973s/UIwt5mk6iiI/AAAAAAAAA8c/K3Rr2YT6ySM/s400/lula.jpg" width="275" /></a></div>
<br />André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-76005063933950440582012-10-27T10:29:00.003-02:002012-10-27T16:55:33.381-02:00Oi planta orelhões em Passa Sete<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lkp2JOUKPy4/UIvTQdQaOmI/AAAAAAAAA8M/Z2lDuVGDfg8/s1600/orelh%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://2.bp.blogspot.com/-lkp2JOUKPy4/UIvTQdQaOmI/AAAAAAAAA8M/Z2lDuVGDfg8/s320/orelh%C3%A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Seria cômico se não fosse verdade... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Passa Sete, no Vale do Rio Pardo, tem como uma das
principais vocações a agricultura familiar. É dela que sai o sustento de boa
parte dos seus pouco mais de 5 mil habitantes. Foi pensando nisso que a
operadora de telefonia Oi instalou uma plantação de nove orelhões em meio a um
matagal no município. O local é de difícil acesso, para usar os telefones
públicos é preciso enfrentar 200 metros de mato alto, arriscando se machucar ou
ser picado por animal peçonhento. A casa mais próxima fica a 300 metros. Quem
se arrisca?</span></div>
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><a name='more'></a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A instalação dos orelhões, em local absolutamente inadequado
é a forma que a Oi encontrou de cumprir parte das exigências da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel). Sem consultar ninguém<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sem ter a autorização da prefeitura do
município, a operadora plantou ali, no meio do mato, em terreno da prefeitura,
em meio a lavoura de soja, os telefones. Outros dois foram instalado em frente
ao cemitério e outros três na calçada de uma loja de roupas, locais que já
estavam equipados com outros orelhões.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O pior de tudo, apenas cinco dos vinte telefones públicos
existentes na cidade estavam funcionando. Em nenhum deles era possível fazer
ligações gratuitas para números com o mesmo DDD conforme havia determinado a
Anatel devido a precariedade do serviço oferecido pela operadora em 105
municípios gaúchos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Este é o resultado das privatizações e da adoção de agências reguladoras
inoperantes e praticamente sem representação dos usuários criadas durante os
governos FHC no Brasil e Britto no RS. Está na hora de reformular estes conceitos.</span></div>
<br />
<br />André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-15079507976323507422012-10-23T17:50:00.003-02:002012-10-24T00:13:26.080-02:00Em Uruguaiana, candidato a prefeito pelo PMDB é preso por exploração sexual de crianças e adolescentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-tCyuonZf1CQ/UIb0y3aT-lI/AAAAAAAAA74/Wk3K2Q047L8/s1600/2610049-5412-rec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" oea="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-tCyuonZf1CQ/UIb0y3aT-lI/AAAAAAAAA74/Wk3K2Q047L8/s320/2610049-5412-rec.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Francisco Azambuja Barbará, conhecido como Kiko Barbará, presidente da Câmara Municipal e candidato a prefeito de Uruguaiana pelo PMDB em 07 de outubro, foi preso por suspeita de exploração sexual de crianças e adolescentes. Junto com ele, outras nove pessoas foram detidas no município gaúcho através da Operação Clientela realizada pela Polícia Civil, entre eles três empresários.</div>
<a name='more'></a><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
De acordo com o delegado Thiago Albeche, um dos presos intermediava os encontros de adultos com meninos e meninas oriundos de famílias de baixa renda com idade entre 14 e 17 anos. Segundo as investigações, Barbará e os três empresários pagavam entre R$ 100 e R$ 150 pelos encontros sexuais. A operação faz parte de uma série de ações realizadas pelo Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA) realizadas nas últimas semanas no município. Até o presente momento, foram as ações resultaram na prisão de 10 pessoas e no indiciamento de outras 12.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Kiko Barbará fez 9.837 votos na eleição para prefeito de Uruguaiana. Filiado ao PMDB, sua coligação incluía o PMN, o PPL e o PTdoB.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: Polícia Civil / Divulgação</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-7864112821546362032012-10-23T14:52:00.001-02:002012-10-24T00:13:45.564-02:00Lula, Haddad e a imprensa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-l3A8dSc-MQA/UIbKKJJmU9I/AAAAAAAAA7k/cd-2Ynt7K_E/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" oea="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-l3A8dSc-MQA/UIbKKJJmU9I/AAAAAAAAA7k/cd-2Ynt7K_E/s320/untitled.bmp" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Da mesma forma que ocorreu quando Lula lançou Dilma à Presidência da República, a imprensa do centro do país duvidou da capacidade do ex-presidente de eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo. Diziam que seria improvável que a candidatura petista decolasse, pois enfrentaria resistências dentro do próprio partido. Em especial, daqueles identificados com Marta Suplicy, que na época aparecia bem nas pesquisas eleitorais. Segundo a grande mídia, haviam também outros dois fatores: a candidatura de Serra seria praticamente imbatível com o apoio do PSD de Kassab e Lula não se recuperaria a tempo do tratamento contra o câncer para participar ativamente do pleito eleitoral. Além disso, obviamente, a imprensa golpista buscava desqualificar Haddad, considerando-o inexperiente e responsável direto pelos problemas ocorridos durante provas do ENEM.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
De novo, as grandes empresas de comunicação passaram vexame. </div>
<a name='more'></a><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Com uma linha acertada de campanha e sem medo de defender bandeiras de esquerda numa das cidades mais conservadoras do país, Haddad foi crescendo. Em agosto, pesquisa do Datafolha descartava a possibilidade do PT chegar ao segundo turno em São Paulo. Russomano tinha 31%, Serra 27% e Haddad apenas 8% (atrás dos votos brancos). No Ibope, teria 6%, empatado tecnicamente com Soninha (7%) e Chalita (5%). Embora não fosse mais possível esconder o crescimento do petista, os institutos de pesquisa e a grande imprensa mantiveram Fernando Haddad fora do segundo turno até a véspera da eleição. No dia 02 de outubro, o Ibope apontava que Celso Russomano (27%) e Serra (20%) iriam para a fase seguinte do pleito. O Ibope foi mais escandaloso ao apontar, no dia 06 de outubro, que Serra teria 24% e Russomano 23%. Haddad estaria próximo, com 20%, mas fora do segundo turno.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
As urnas desmentiram as pesquisas e os grandes meios de comunicação mais uma vez: Serra obteve 30,75% dos votos, Haddad 28,98% e Russomano 21,60%. Por si só, levar Haddad ao segundo turno diante de toda a manipulação, significaria uma grande vitória para Lula e o PT. Mas isso era apenas o começo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
O segundo turno em São Paulo está repetindo o segundo turno da eleição presidencial que elegeu Dilma. Serra, a grande imprensa e figuras como o pastor Silas Malafaia partiram para o ataque contando com o conservadorismo da população de São Paulo. A homofobia, a baixaria e o preconceito passaram a dominar as declarações, os programas e o estilo de campanha de Serra. Por sua vez, o PSOL que obteve 1,02% dos votos no primeiro turno, dividiu-se entre a neutralidade e o apoio a Serra. Plínio Arruda Sampaio, ex-candidato deste partido a presidente, chegou a declarar apoio ao tucano. Devido a repercussão, acabou optando por não mais se manifestar.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Quando todos pensavam que toda esta conjuntura faria Haddad ficar na defensiva e iria estancar seu crescimento, a surpresa: a campanha petista assumiu de vez bandeiras da esquerda e apresentou propostas concretas para mudar São Paulo. </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Haddad continuou a crescer. Algo que nem os institutos de pesquisa e nem a grande mídia pode mais esconder sob pena de perderem a pouca credibilidade que ainda lhes restam. O Ibope aponta a vitória do petista contra o tucano com uma margem de 16 pontos percentuais. Já no Datafolha, a margem é de 17 pontos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Haddad, Lula e o PT conquistarão o poder novamente na maior cidade brasileira. Serra acumulará mais uma derrota, fortalecendo seus adversários internos no PSDB. Talvez a aposentadoria lhe caia bem. As empresas de comunicação perdem mais uma, mas logo logo se aglutinarão novamente em torno das forças conservadoras, desta vez representadas por Aécio Neves.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Mais do que o saldo positivo de vencer a eleição numa das únicas capitais onde os tucanos ainda resistem, a vitória de Haddad deve servir de exemplo ao próprio PT. Sim, ela é fruto, em grande parte, do prestígio e da popularidade de Lula. Porém, não menos importante do que isso foi a capacidade que a campanha teve de captar as novas formas de articulação da sociedade brasileira na era pós-Lula. Se, no passado, a luta dos movimentos sociais baseavam-se quase exclusivamente na relação trabalho versus capital, hoje, sem que estas deixem de existir, há a clara intenção destes novos movimentos de discutir e levar a cabo as lutas por cidades com desenvolvimento sustentável, respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos. Na conservadora São Paulo, o PT entendeu isso e soube capitalizar para si esta nova conjuntura. </div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-13436338464304673522012-10-22T14:59:00.001-02:002012-10-24T00:14:01.537-02:00As 1001 mortes de Fidel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HiHm7YEo_G0/UIV6lzVkXEI/AAAAAAAAA7Q/QwkPh774j9k/s1600/ng2180325.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" oea="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-HiHm7YEo_G0/UIV6lzVkXEI/AAAAAAAAA7Q/QwkPh774j9k/s320/ng2180325.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde os primeiros anos da Revolução Cubana conflagrada após o processo de luta do povo que culminou com a fuga do ditador Fulgêncio Batista e a comemoração da vitória em 1º de janeiro de 1959, a morte de Fidel é insistentemente anunciada. Na verdade, as supostas mortes do líder maior de Cuba sempre serviu para fortalecer as forças conservadoras apoiadas pelos norte-americanos, os quais até hoje não se conformam em ver uma pequena ilha que antes era o seu parque de diversões, com cassinos, prostituição e expropriação de riquezas, transformar-se em país independente.</div>
<a name='more'></a><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Ao longo dos 53 anos em que a Revolução insiste em desafiar as poderosas multinacionais norte-americanas, Cuba se tornou um exemplo para o mundo. Não há analfabetos, nem desemprego, nem desnutrição, o Estado cubano garante o desenvolvimento da prática desportiva, a saúde é direito pleno da população e a miséria que é encontrada nos países capitalistas, desenvolvidos ou não, inexiste. A democracia cubana é uma das mais avançadas do mundo ao permitir que qualquer cidadão possa concorrer, mas, como este tema não é foco da postagem, deixaremos para abordar a democracia cubana abordaremos em outra postagem.</div>
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Obviamente, o bloqueio econômico ainda existente e o preconceito com relação ao projeto socialista desenvolvido em Cuba, não permite grandes mordomias ao povo. Porém, se você não vê pessoas em luxuosas mansões com carrões na garagem, também não verá algo parecido com as favelas existentes nas grandes metrópoles brasileiras.</div>
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Pois, mais uma vez Fidel, mesmo não estando mais a frente do poder em Cuba foi dado como morto. Justamente na véspera do processo de assembleias municipais populares que são parte da eleição cubana. Certamente para desestabilizar e desacreditar as eleições. Não deu certo. Mesmo sendo o voto facultativo, cerca de 90% dos cubanos participaram das assembleias e escolheram seus representantes, na primeira etapa eleitoral que culminará na na escolha posterior das Assembleias Provinciais e da Assembleia Nacional.</div>
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Para o desespero dos contras e da direita norte-americana, apesar das especulações, Fidel está vivo e bem de saúde. A foto no início deste post divulgada pelo ex-vice-presidente da Venezuela Elías Jaua, que reuniu-se com o comandante durante o último final de semana, comprova isso.</div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-80944919862231145112012-10-22T08:00:00.001-02:002012-10-24T00:14:15.659-02:00Sai Odone, volta Fábio Koff<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RRiamA_xNZ8/UIUYkBmbx_I/AAAAAAAAA68/pbVi5w3gSXw/s1600/21oct12_eleicoesgremio_241_l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-RRiamA_xNZ8/UIUYkBmbx_I/AAAAAAAAA68/pbVi5w3gSXw/s320/21oct12_eleicoesgremio_241_l.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="font-family: Calibri;">Não foi uma nem duas vezes. Por dezenas de vezes manifestei meu descontentamento com a gestão de Paulo Odone frente ao Grêmio. Um presidente que nunca levou o clube a grandes títulos e nos últimos anos teve como maior preocupação a construção da Arena ao mesmo tempo em que deixou de montar um time capaz de ser campeão. </span></div>
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<span style="font-family: Calibri;">Embora reconheça que a Arena será um belo estádio, ainda sentirei muita falta do Olímpico Monumental, onde acompanhei os dois títulos da Libertadores, as Copas do Brasil e o Bicampeonato Brasileiro. Mas tudo bem, se era preciso um novo estádio, a gente se adapta aos novos tempos e acaba por aceitar. O que não dá para aceitar é a falta de um ime capaz de honrar a alma castelhana que o Grêmio tem.</span></div>
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<span style="font-family: Calibri;">Um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grande clube de futebol não vive apenas de um estádio moderno, mas de um time capaz de jogar futebol. Aí residiu o maior erro de Odone, pois não conseguiu montar um grande time. Trouxe jogadores medianos, perdeu a possibilidade de contratação de jogadores de ponta, boicotou Renato Portaluppi como técnico. A salvação da lavoura veio através de Luxemburgo, pois foi a partir dele que o time deslanchou, estará na Libertadores de 2013 e ainda há esperança de conquistar a Sulamericana. Gilberto Silva, Zé Roberto e Elano são jogadores fundamentais para o tricolor neste sentido. No mais, apenas um time mediano. </span></div>
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A volta de Fábio Koff é a volta do estilo arrojado e preocupado em montar equipes fortes, com alma tricolor e capazes de conquistar títulos. Além, é claro, de fortalecer as categorias de base para que esta forme grandes atletas. Koff fez do Grêmio Bicampeão da Libertadores, Campeão Mundial, Bicampeão Brasileiro. Estava na hora de Fábio Koff voltar a sua casa e fazer com que o Grêmio reencontre o caminho dos seus maiores títulos. Seja bem-vindo, presidente!</span></div>
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<span style="font-size: x-small;">Foto: Lucas Uebel</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8115822099712652578.post-26437605904759105902012-10-20T08:37:00.000-03:002012-10-24T00:14:30.217-02:00Colégio luterano que utiliza gatos (ou parte deles) em experiências será investigado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-xKQqYiOPrZM/UIPQSmSzVoI/AAAAAAAAA6o/6RQ4j2KgxhE/s1600/581342_453130588061719_1214581428_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-xKQqYiOPrZM/UIPQSmSzVoI/AAAAAAAAA6o/6RQ4j2KgxhE/s320/581342_453130588061719_1214581428_n.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="font-family: Calibri;">A utilização de animais - mortos ou não - em experiências é uma prática que vem sendo questionada dentro das maiores universidades. Há quem diga que não devem ser usados sob nenhuma hipótese, mas não sou tão radical ao ponto de achar que estudos científicos devem ser feitos somente com corpos artificiais.</span></div>
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<span style="font-family: Calibri;">No entanto, as fotos publicadas por uma aluna do terceiro ano do ensino médio do Colégio Luterano Concórdia, instituição particular e pretensamente cristã de Canoas, tem requintes de crueldade. Exibir imagens no Facebook carregando pedaços de gatos, os quais, segundo a assessoria da escola, foram encontrados atropelados e congelados para utilização nas aulas, é no mínimo revoltante e sádico. Tão revoltante que mereceu quatro mil compartilhamentos e outros milhares de comentários contrários a prática na rede social nas últimas 48 horas.</span></div>
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<span style="font-family: Calibri;">Os protestos levaram a 3ª Delegacia de Polícia a abrir investigação sobre o caso. Segundo Sabrina Deffente, delegada do Cartório Especializado de Crimes contra Animais de Canoas, o laboratório deverá ser fechado. "Não entendo porque fazem isso no colégio se até mesmo em faculdades há métodos alternativos", ponderou a delegada. A criação e utilização de animais para este tipo de experiência é restrita a instituições de ensino superior da área de biomedicina e provavelmente a escola não possui esta licença.</span></div>
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<span style="font-family: Calibri;">Nota oficial da mantenedora da escola, a Comunidade Evangélica Luterana Cristo informa que utiliza "somente gatos mortos, vítimas de atropelamento, anteriormente encontrados na rua e armazenados em refrigeração " e que "não realiza experiências ou demonstrações com animais vivos". Neste caso, pelo que me conste, a admissão de culpa leva a crer que a Comunidade Luterana descumpre também a legislação por recolher e armazenar animais mortos, tarefas restritas ao serviço de vigilância sanitária existente no município.</span></div>
André Rosahttp://www.blogger.com/profile/06273556830101550346noreply@blogger.com20